domingo, 5 de setembro de 2010



Da caixa onde vivo
não posso alcançar o teu beijo
e guardo-me encolhida
os braços enlaçando as próprias pernas
os lábios comprimindo o desejo 


Já faz muito tempo 
e esta caixa é minha única sina 
mais noites a fio
(esgarçando os dedos de menina)
entremeio cristais e seda fina
e um diáfano vestido teço
para o sonho de ser bailarina.


                      Mônica Menezes.                                                

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