sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Alvorada de Maio
Na alvorada de Maio, ela ainda acreditava...
Na aurora de Abril ela ainda sonhava...
Ela vivia naquele século XVIII, naquela segunda geração ultra- romântica dos poetas vivos.
Um lápis; Um papel; Uma poesia e as estrelas...
Mas, nada mais importava em seu mundo, sabem por quê? Porque alguém conseguiu estraçalhar seu coração feito de versos de amor.
Era fim de tarde de Maio, ela não queria desistir, mas ele... Ele não estava nem aí. Fim da aula no século XXI, a menina de modos de um passado saudoso, ia atrás do seu amado pelo corredor de um colégio onde cursava o ensino médio.
- Por favor, eu só quero falar uma coisa com você.... – Dava pra ver seu coração se partindo pelos seus olhos.
- Falar o que? Já conversamos tudo! Depois nos falamos tá bem?!- Ele era curto e grosso
- Não! Não posso ficar mais um dia sem te dizer isso... – As lágrimas lutam pra se esconder em seus olhos.
- Já sei o que você vai dizer! A mesma coisa de sempre... E pra ser sincero não quero mais ouvir você dizer que me ama. Já disse que não gosto de você! – Ele tinha acabado de cravar uma estaca no coração da menina.
O sinal toca, e o garoto sai da frente da menina, com passos apressados e sem olhar pra trás. Por algum motivo ele estava atordoado, deve ser porque, ele não agüentava a dor da culpa de vê-la chorar e sofrer todos os dias por ele. Mas a pequena sonhadora não desistiu e o seguiu até a saída. Parou no portão do colégio, com as mãos trêmulas segurando, uma as grades do portão, a outra, palavra escritas a mão. Ele estava do lado de fora de costas para ela. Assim ele permaneceu, pegou o celular, olhou para a menina de soslaio, colocou o celular no ouvido e ainda de costas para ela... Foi embora.
E este era o cenário: Uma rua onde a brisa fazia uma folha seca de outono voar. Uma menina no portão de um colégio qualquer segurando cartas de um amor sincero que agora, a mesma brisa pegava suavemente de suas mãos, e as joga no chão perto de seus pés.
Ela ainda não conseguia se mover. Não conseguia acreditar. Mas, com lágrimas no rosto, e com aura de nostalgia, conseguiu mover um passo pra fora daquela rua, daquela solidão, onde só quem chorava com ela era a lua minguante, que começara a surgir por trás das nuvens de um outono perdido para ela.
A menina deixou marcada aquela calçada. Ela deixou seu coração ali no chão. E isso era a única coisa que ela queria mostrar a ele: O nome dele tatuado em seu coração que morria com a sua ausência. E agora ele está lá no chão, sozinho e sem vida, sendo velado pela lua e pelos finos flocos de neve que começam a cair.
Em um século onde seus sonhos deveriam aflorar. Mais foi na alvorada de maio onde eles começam a morrer, no coração esquecido e estilhaçado, de uma pequena poetisa.
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Olá Kaline!
ResponderExcluirVamos atravessar a fronteira do dia, conquistar o território do sábado e do domingo. Descobrir tesouros e maravilhas. Passear por praias ensolaradas e campos floridos. Colher um balaio de luar e estrelas. Deixar o coração bater com a emoção do amor. Zanzar pelo parque da gastronomia e da diversão. E lembrar que o amanhã abre os portos para quem se aventura pelos mares da vida sem medo de sorrir.
Bjos,
Bom fim de semana!
Edward de Souza
Belo texto mesmo sendo triste.
ResponderExcluirBeijos e bom fim de semana
...................
RIMAS DO PRETO
Ler vc é um doce fascinio!
ResponderExcluirBeijos,
AL
Triste Kali :(
ResponderExcluirOlá
ResponderExcluirbelo texto.
cumprimentos
Lindooo, amei o texto...
ResponderExcluirMuito bem detalhado, nos faz entrar na história e sentir como se fosse essa moça...
Escrevendo cada dia maravilhosamente melhor...
Ótimo fds, querida...
Me desculpe por sumir...
Bjooo...♥
Apenas uma palavra: MARAVILHOSO.
ResponderExcluirCada dia me torno mais fã seu.
Beijos
Obrigada pelo carinho, vc não imagina o quanto é importante e motivo de felicidade ter pessoas como vc por perto!
ResponderExcluirBeijãoo, e conta comigoo
Ameei e sigo seu blog ♥
Como gosto de passar aqui! PaRaBeNs pelo texto.
ResponderExcluirÉ sempre uma surpresa passar aqui.
Bjos no coração e bom fim de semana amiga!
Passos de luz no teu caminho...
te indiquei no meu blog!
ResponderExcluirbeijoo :*
Concordo com a Cris, eh sempre bom passar aqui.
ResponderExcluirQue lindo texto!
Tenha uma linda noite minha querida!
Bjs & abraços!
Ah com toda certeza Kaline, que sejamos sempre o autor de nossas vidas, que saibamos sempre nos guiar a direções certas.
ResponderExcluirTenha um lindo fim de semana!
Bjs & abraços!
"Coração humano intolerante intolerável.
ResponderExcluirExcessos impregnados nas tintas descascando-se. Coração humano (às vezes cerebral).
Estou tentando esquecer o que é esquecível.
Estou esperando Maio,
com a felicidade que ele me promete."
beijo meu'
Uuuu Lindo, lindo!
ResponderExcluirParabens!
Te seguindoo flor, passa no meu e vee se gostaa...Gostandoo segueee!
Beijoo =*
A dor é um espelho. É quando vc sente que seu amor não é forte o bastante pra fazer a pessoa amada sorrir pra vc... bom texto!!!
ResponderExcluirEspero que não tenha eu no meio disso aí hein..
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Lindo o texto, como sempre vc chamando atenção pela bela forma como ordena palavras e frases...
Suas palavras chamam mais atenção do que qualquer outra...
bjnhos minha Linda!
Que o outonal da menina, seja anuncio de renovação, as folhas caem mas a arvore continua de pé, novas folhas virão, flores e frutos estarão tb presentes. Ela primaverá novamente....
ResponderExcluirTão bonito teu texto, vontade de abraçar a menina...
Beijo que agradece a sua presença no meu mundinho.
Erikah
Belíssimo...
ResponderExcluirA menina deixou marcada aquela calçada. Ela deixou seu coração ali no chão. ...
ResponderExcluirAdorei esta parte...lindo dia pra vc amiga!
Creio que o fim da história ainda está bem longe do fim. Eu me prendo muito aos detalhes de cada momento, por isso o fim fica pra depois ^^. Vai saber se ele já vai arranjar a primeira briga da história, não é mesmo?
ResponderExcluirMagina, você merece, e estou repassando aos blogs que sempre acompanham a vida de meus textos por aqui *-*
Haha, quem dera escrever um livro. Acho que todos morreriam de tédio lendo, isso sim. Mas se bem que meu professor da faculdade trabalha na Livraria Cultura. Quem sabe não encaminho meus textos para uma pequena avaliação, não é mesmo? :)
Beeeeijos